Lá em cima já não há sentinelas. Sinfonia toda feita de estrelas, uma casa sem porta nem janelas. É estenderes o braço, e tu tens o espaço.
(Era uma vez o espaço...)

"Vá lá, são sete e meia amor, e tens qu'ir trabalhar", acordas-me com um beijo, e um sorriso no olhar; e levantas-me da cama, depois tiras-me o pijama, faço a barba e dá na rádio o Zé Cid a cantar. Apanho um autocarro, e vou a pensar em ti, que levas os miudos ao jardim infantil. Chego à repartição, dou um beijo no escrivão e nem toco a secretária, que é tão bouaah. E às cinco e meia em ponto telefonas-me a dizer "não sei viver sem ti, amor, não sei o que fazer!", "Faz-me favas com chouriço, o meu prato favorito!", quando chego para jantar quase nem acredito... Vestiste-te de branco, uma flor nos cabelos, os miudos na cama e acendeste a fogueira. Vou ficar a vida inteira a viver dessa maneira, eu e tu, e tu e eu e tu e eu e tu.
A pouco e pouco se constroi um grande amor, de coisas tão pequenas e banais: basta um sorriso, um simples olhar, um modo de amar a dois.
(josé cid, A Pouco e Pouco)
2 comentários:
Tu e o José Cid o José Cid e tu!
Diria que há uma relação muito intensa! Deve ser da música da babana que tu adoras! vai-se lá saber porquê!
Mas ontem lá descobris-te o que te une a tamanha qualidade da música portuguesa!
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Na verdade é o bom gosto por boas canções, e não viver os preconceitos de ter de ouvir e afirmar gostar do que é comercialmente aceite.
E a musica que adoro é a "Cabana". A banana é engraçadissima, mas é preciso conseguir vislumbrar pela cortina de simplicidade da musica.
Bah.... O que percebes tu dos meus gostos?
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