sexta-feira, 31 de julho de 2009

Pinturas pseudo rupestres

Desde que o Homem se tornou num dos primatas exclusivamente bípede que tem inventado mil e umas maneiras de ocupar os seus membros superiores empregando bastante energia criativa através de gerações e gerações e gerações de gente.

Além da artes da pintura, da escultura, da massagem e da masturbação o Homem inventou a escrita: um conjunto de códigos que transcrevem conjuntos fonéticos, que permitem transmitir todo o tipo de histórias, contos, estórias, fábulas, moralismos, regras, instruções, leis, desejos, prescrições, anedotas, noticias, anúncios e até blogs. A escrita é a maior das maiores artes que a humanidade tem produzido desde os seus primórdios, pois não se circunscreve à genialidade de um individuo, mas é o fruto do esforço continuo da humanidade para transcrever a realidade que a rodeia.

Desde que o suporte das ideias era a pedra e o calhau, que um porco era representado por um porco, uma vaca por uma vaca independentemente das pronuncias e dos grunhidos passando pelas gramáticas retóricas elaboradas gregas e francesas, a sofisticação tem sido constante, e as formas de representação escrita ganham liberdades enquanto rompem fronteiras culturais e físicas.

Mas, volta e meia, a necessidade de deixar um testamento gravado no mundo leva alguns indivíduos a recorrer à rudimentar escrita no betão citadino para tentarem desafiar o tempo, qual neorupestres educados.

São monumentos giros, tributos à amizade, à intemporalidade do amor fraterno... MAS ESTÃO TÃO MAL ESCRITOS!!! FDX!!! QUEM É A ALMINHA QUE SE ENGANA A ESCREVER BUÉ??? Hum... se calhar é a Jessica, essa labrega que desconhecendo aquela invenção antiga chamada CARTA, ou a nova chamada EMAIL, decidiu deixar uma mensagem que envergonha qualquer português numa lage escondida atrás de uma passadeira de Chelas. Sim, porque ali a sua amiga de França, que pelos vistos nunca mais vai ver, poderá ler aqueles pensamentos belíssimos e banais!!!

Oh Jessica, não queres aproveitar e espetar dois selos nessas lages e envia-las para a França?


terça-feira, 28 de julho de 2009

Lisboa antiga

Por entre ruas estreitas e esquecidas, às quais nem o destruidor terramoto prestou atenção, brincam gerações que são fotografia de outras gerações. As ruas estão vazias pois as casas absorvem as atenções, as janelas desertas pois a janela para o mundo está na sala e vende estórias enlatadas.

Não se ouvem gritos nas ruas, não se encontram vizinhas, não há namorados pelos recantos, apenas uma alma de tradição esquecida, abandonada, visitada uma vez por ano e ignorada durante os restantes dias.







sexta-feira, 10 de julho de 2009

hoje é dia de musica, festival, bebedeira e tal...

É pena ser em Algés, naquele pântano infestado de melgas...

sábado, 4 de julho de 2009

a felicidade constrói-se a pouco e pouco...

palavras para quê?

ao fim de 14 anos a tocar em simples guitarras clássicas, vulgo violas, eis que surge a oportunidade de aprofundar o gosto já perdido à muito pelo som simples, belo, único e aquele que me faz muitas vezes sonhar com um concerto no pavilhão atlântico, com a minha banda (imaginária) de amigos.

comprei uma guitarra acústica, ou electro-acústica como gosto de lhe chamar.
os sonhos constroem-se a pouco e pouco, e agora tenho a oportunidade de voltar a ganhar aquilo que perdi à uns anos, a vontade de tocar para os outros, para mim, ou apenas tocar... como sempre fiz nos meus concertos privados, mas nunca para a família, como fazia o senhor meu amigo da secundária, Bruno Libano.




fica aqui a imagem do meu bicho novo. a minha última aquisição e aquela que me vai fazer companhia nos "meus momentos".

cumprimentos


ps - tem afinador incorporado (grande mariquice) e ligação para amplificador... nasceu a 3 de julho de 2009...
obrigado puto castro pela oportunidade e dona baptista pela irritante mas engraçada vontade de aprender uma coisa que descobri à 14 anos...!