quinta-feira, 21 de dezembro de 2006

Bom Natal!

D diz:
eu atirava-me po chao se tivesse q trabalhar ao domingo
Red! Rock Solid! Restless! faltam 8 dias... diz:
ya
Red! Rock Solid! Restless! faltam 8 dias... diz:
ha mta gente q trabalha
D diz:
e ha mta gente q trabalha na nte de natal
D diz:
e no dia de natal
Red! Rock Solid! Restless! faltam 8 dias... diz:
eu sei
Red! Rock Solid! Restless! faltam 8 dias... diz:
o sac
D diz:
?
Red! Rock Solid! Restless! faltam 8 dias... diz:
apoio ao cliente
D diz:
o apoio ao cliente de todas essas merdas
D diz:
medicos
D diz:
policias
D diz:
bombeiros
D diz:
taxistas
Red! Rock Solid! Restless! faltam 8 dias... diz:
ya
D diz:
pa e ha mais de certeza
D diz:
enfermeiros
Red! Rock Solid! Restless! faltam 8 dias... diz:
ya
Red! Rock Solid! Restless! faltam 8 dias... diz:
camionistas q passam longe das familias
Red! Rock Solid! Restless! faltam 8 dias... diz:
os tropas
Red! Rock Solid! Restless! faltam 8 dias... diz:
os padres q dao as missas do galo
D diz:
ya
D diz:
e os acolitos
Red! Rock Solid! Restless! faltam 8 dias... diz:
coitados
D diz:
barmans
D diz:
Dj's
D diz:
os gajos q trabalham na televisao
Red! Rock Solid! Restless! faltam 8 dias... diz:
tadinhos
D diz:
os gajos q dao concertos
D diz:
os comediantes
Red! Rock Solid! Restless! faltam 8 dias... diz:
esses entao coitados
Red! Rock Solid! Restless! faltam 8 dias... diz:
pah
Red! Rock Solid! Restless! faltam 8 dias... diz:
ning da concertos na noite d natal
D diz:
ai dao dao
D diz:
n ker dizer q sejam concertos dakeles grandes
D diz:
no pavilhao antlantico
D diz:
mas dao concertozitos
D diz:
nem q seja nos programas de televisao
D diz:
q vao la cantar 2 musicas
Red! Rock Solid! Restless! faltam 8 dias... diz:
sao gravados pah
D diz:
ha uns em directo
Red! Rock Solid! Restless! faltam 8 dias... diz:
e tamos a falar d dia 24 e 25
Red! Rock Solid! Restless! faltam 8 dias... diz:
n ha nada
Red! Rock Solid! Restless! faltam 8 dias... diz:
ve se mesmo q tu n ves tv
D diz:
ha ha
D diz:
vejo o sozinho em casa
D diz:
e costumo adormecer depois
Red! Rock Solid! Restless! faltam 8 dias... diz:
isso deu aki a dias
D diz:
ya
D diz:
mas foi o 2
D diz:
agora deve dar o 1
D diz:
espero eu
D diz:
senao fico desiludido com o natal...

segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

vrruummmmm



Liberdade e ilusão, medo e euforia...

...tão longe do lar e tão perto de casa

terça-feira, 21 de novembro de 2006

11 onze...


"Meu coração sem direcção, voando só por voar sem saber onde chegar, sonhando em te encontrar
E as estrelas que hoje eu descobri no teu olhar.
As estrelas vão me guiar.

Hoje eu sei, eu te amo no vento de um temporal.
Mas foi mais.
Muito além do tempo de um vendaval dos desejos num beijo que eu jamais provei igual.
E as estrelas dão um sinal.

Se eu não te amasse tanto assim, talvez perdesse os sonhos dentro de mim e vivesse na escuridão.
Se eu não te amasse tanto assim, talvez não visse flores...
Por onde eu vim
Dentro do meu coração."

que mais preciso fazer?


feliz dia 23 de novembro *

happy eleven


segunda-feira, 13 de novembro de 2006

40/100=230



O que se vêm? e o que não vislumbram? conseguem imaginar? admitem abertamente que não sabem!

Olhem perto, mais perto, com zoom. Ali, a dois passos do poste, uma mancha castanha. Caca de cão! Daquela empapada e mal cheirosa, que se agarra àos cardados das botas de montanha, ou às meias dos lobitos mais imaginativos! Atrás do cartaz, abaixo dos outros cartazes pendurados no poste, um caixote de lixo que foi banco para colocar os avisos a lobitos, exploradores, pioneiros, caminheiros e pariquianos. Subindo a rampa, dentro da igreja, centenas de escuteiros secam e cantam, vislumbram e observam, deslumbram-se e encantam, ouvem, falam, interrompem. Cá fora rampa abaixo, limpando o verdete com um lenço novo, uma memória espalha-se vezes e vezes sem conta, sorrindo enquanto cai, rindo quando se levanta, alegria brilhando de novo em caminho. Ladeira abaixo a hecatombe aguarda silenciosamente, a hora chegará em que a vingança zunirá punidora sobre os mais inocentes e fracos.

quarta-feira, 8 de novembro de 2006

o/



The wonder of the world is gone, I know for sure
All the wonder that I want I've found in her
As the hole becomes apart I strike to burn,
And no flame returns

Every intuition fails to find its way,
One more table turned around and back again
Finding I'm more lost than found when she's not around,
When she's not around, I feel it coming down

Give me what I could never ask for,
Connect me and you could be my chemical now
Give me the drug you know I'm after,
Connect me and you could be my chemical

When everybody wants you (the chemical goes slow)
When everybody wants you (my chemical goes so slow)
When everybody wants you (so slow)
When everybody wants your soul

Give me what I could never ask for,
Connect me and you could be my chemical now
Give me the drug you know I'm after,
Connect me and you could be the chemical

You could be the chemical
You could be the chemical
You could be the chemical
You could be the chemical

segunda-feira, 6 de novembro de 2006

all of my dreams


"All in here is here for you and me
All we have is all we need
All the good and bad I'll stand for you for all that you believe"





segunda-feira, 30 de outubro de 2006

burn my light



Hey!

Nothing you can say.
Nothing's gonna change what you've done to me.
Now it's time to shine.
I'm gonna take what's mine.
While burning inside my light.

I gave and you take and I waited for you but I made a mistake.
It's clear that your fear is so near because I see the look on your face.
You try to hold me under, I held my breath.
Alone and now you wonder, what I possess?

Hey!

quarta-feira, 25 de outubro de 2006

leave it all behind



"the time has come to change my ways.
on this day, it's so real to me, everything has come to life.
another chance to chase the dream.
another chance to feel.
chance to feel alive."

quinta-feira, 12 de outubro de 2006

hero of the day



Mama they try and break me

The window burns to light the way back home
A light that warms no matter where they've gone

They're off to find the hero of the day
But what if they should fall by someone's wicked way

Still the window burns
Time so slowly turns
And someone there is sighing
Keepers of the flames
Do you feal your names?
Can't you hear your baby's crying?
Mama they try and break me
Still they try and break me

S'cuse me while I tend to how I feel
These things return to me that still seem real

Now deservingly this easy chair
But the rocking stopped by wheels of despair

Don't want your aid
But the fist I've made
For years, won't hold or feel
No I'm not all me
So please excuse me
While I tend to how I feel

But now the dreams and waking screams
That everlast the night
So build a wall
Behind it crawl
And hide until it's light
Can't you hear your baby's crying now?

Still the window burns
Time so slowly turns
And someone there is sighing
Keepers of the flames
Can't you hear your names?
Can't you hear your baby's crying?

But now the dreams and waking screams
That everlast the night
So build a wall
Behind it crawl
And hide until it's light
Can't hear your baby's crying now?

quarta-feira, 20 de setembro de 2006

oh...

I'm a new day rising
I'm a brand new sky to hang the stars upon tonight
but I
I'm a little divided
do I stay or run away and leave it all behind...

it's times like these you learn to live again




há coisas que não se suportam.
dizia o outro que se queixava das dores de pensar. prefiro as dores de sentir. magoam mais. deixam marcas muito superiores. são incuráveis e levam ao desespero. mas ninguém repara nelas, só quem sente.
tem sido 1 ano agradável. fácil de suportar, e tem passado depressa. é pena.
obrigado pela tua ajuda, acho que és a única razão por que abro os olhos todos os dias mas tem piada porque tu não tens noção disso.
quanto custa fazer um mix de pequeninos e redondinhos? brancos ou amarelos? em forma de cápsula ou diluidos em água? a dor está fora de questão. fechar os olhos e acordar acompanhado por quem já se foi embora sem despedidas. isso era agradável e está mais perto do que se espera.
falta aquele impulso final que deixa tudo mais alegre e satisfeito, mais longe dos pesadelos, das inúmeras noites mal dormidas ou em branco, das dores no peito, dos pensamentos que provocam lágrimas atrás de lágrimas, das irritações constantes com tudo e todos, da falta de vontade de andar por aqui sem rumo, sem saber o que fazer, mais longe de ouvir as músicas que lembram coisas, do tempo sem fazer nada, da espera dos números que me mudarão a vida, da vontade de não fazer nada, de ser vivo e tentar sorrir a todos sem querer, de tentar moldar personalidades que não quero. mais longe de existir.
era só isso que queria.
não sentir a dor de sentir e partir aí para cima.
apenas não sentir.





It's just another day, nothing in my way
I don't wanna go, I don't wanna stay
So there's nothing left to say...



+

terça-feira, 12 de setembro de 2006

The Man Who Couldn't Cry




There once was a man who just couldn't cry
He hadn't cried for years and for years
Napalmed babies and the movie "Love Story"
For instance could not produce tears
As a child he had cried as all children will
Then at some point his tear ducts ran dry
He grew to be a man, it all hit the fan
Things got bad, but he couldn't cry

His dog was run over, his wife up and left him
And after that he got sacked from his job
Lost his arm in the war, was laughed at by a whore
Ah, but sill not a sniffle or sob
His novel was refused, his movie was panned
And his big Broadway show was a flop
He got sent off to jail; you guessed it, no bail
Oh, but still not a dribble or drop

In jail he was beaten, bullied and buggered
And made to make license plates
Water and bread was all he was fed
But not once did a tear stain his face
Doctors were called in, scientists, too
Theologians were last and practically least
They all agreed sure enough; this was sure no cream puff
But in fact an insensitive beast

He was removed from jail and placed in a place
For the insensitive and the insane
He played lots of chess and made lots of friends
And he wept every time it would rain
Once it rained forty days and it rained forty nights
And he cried and he cried and he cried and he cried
On the forty-first day, he passed away
He just dehydrated and died

Well, he went up to heaven, located his dog
Not only that, but he rejoined his arm
Down below, all the critics, they loot it all back
Cancer robbed the whore of her charm
His ex-wife died of stretch marks, his ex-employer went broke
The theologians were finally found out
Right down to the ground, that old jail house burned down
The earth suffered perpetual drought

terça-feira, 5 de setembro de 2006

Um caminho inglês até Santiago de Compostela...

O caminho iniciou-se na cidade portuária de Ferrol, no norte da Galiza. O desafio de percorrer o Caminho Inglês que conduz a Compostela era irreprimível e inegável.


Após uma primeira hesitação e um ensaio falhado, incapaz de ignorar os apelos do Caminho, regressei ao noroeste da peninsula para uma semana de aventura. Temos de concordar que uma semana a seguir setas amarelas, perseguir monolítos de granito desconhecidos, com vieras alguns até com indicação quilométrica é um rebuçado irresistível. Especialmente pelo facto de se ir sozinho, sem companhia a atazanar por se beber una caña sempre o esforço exigia uma hidratação rigorosa com aguinha del caño!


O inicio espiritual da viagem ocorreu num edificio religioso onde se realizava uma missa. Era demasiado grandioso e arredondado para ser a igreja normal, mas demasiado pequeno e discreto para ser uma catedral: obviamente (embora não tão óbvio para mim na altura) que era a co-catedral da cidade. A decoração interior era magestosa (à semelhança de a maior parte dos locais sagrados que conheci durante as minhas andanças pela Galiza), sendo o altar uma representação do livro da Revelação de São João. No topo um cordeiro (com quem simpatizei imediatamente) guardava o livro da Vida, e velava pelos sete selos que o rodeavam.


Em relação ao caminho português uma primeira evidência surgia: a presença do mar, que fiel e regularmente surgiria do meu lado direito até me encontrar a menos de sessenta quilómetros de Santiago, e que contrabalançava o sol à minha esquerda. A segunda evidência (a mediocre marcação do Caminho) surgiu mais subtil e inesperada, desencaminhado-me literalmente, e literalmente obrigou-me a chafurdar na lama da ria de Ferrol, por entre barcos encalhados entre o cinzento dos calhaus arredondados e o verde do moliço que se acumulava por cima da linha d'agua.


A terceira evidência só a descobriria na madrugada seguinte: o percurso é extremamente caracterizado por constantes subidas e descidas, aliadas a uma enorme distância entre os albergues disponibilizados pelas entidades administrativas competentes. Mas essa questão é uma questão menor quando nos encontramos numa baia pantanosa, com os pés a enterrarem-se em lama fedorenta e sem saída aparente. Naquele momento as subidas e descidas de montes e colinas eram uma realidade desconhecida...


...A minha realidade era estar constantemente atascado em lama, com uma mochila às costas e rodeado por encontas pejadas de silvas e matagal cerrado. Uma das hipóteses seria voltar atrás, e subir pelo pseudo-trilho sinuoso pelo qual havia descido (mas se descer já foi uma sorte.... como seria subir??); a outra era seguir até encontrar algum local por onde os pescadores costumassem descer para aceder às suas embarcações -pois estas estavam amarradas à margem, indício de não haviam sido simplesmente abandonadas à deriva nas águas- (agora que escrevo penso, com a distâcia de quilómetros e vários dias de repouso, que possivelmente os utilizadores dos botes simplesmente acediam através de outro barco!!).

Caminhei, caminhei, chafurdei, e caminhei mais um pouco, até que cheguei ao ponto em que a argamassa de lama, seixos e verdum mal-cheiroso deram lugar a uma pequena elevação rochosa. Subi, e caminhei cuidadosamente, escorreguei e equilibrei-me, andei mais, deixando para trás a baia até que a rocha mergulhou nas águas. Restava-me nadar por entre aquelas águas repletas de microalgas cujo odor já se tinha entranhado no meu corpo, voltar atrás ou aventurar-me a subir os dez metros de areia e arbustos, na zona onde estes eram menos densos, exactamente por debaixo de uma torre de alta tensão. Em nome da sensação de aventura, e no espirito da recusa em recuar no Caminho subi, subi, e subi até me encontrar novamente longe daquelas malfadas margens.

Rencontreei as marcações do caminho poucos metros à frente, e atravessei um moinho de maré, para entrar em Neda, aldeia a doze quilómetros de Ferrol, e o local da minha primeira pernoita. Depois disso foram mais três etapas (20 km até miño; 38 até bruma; 43 até Santiago de Compostela), mas poucas fotografias existem, apenas boas memórias da simpatia das gentes Galegas e dos (poucos) peregrinos cujos Camiños cruzei.

quinta-feira, 31 de agosto de 2006

just an happy hour!




"Dicono che tutto
sia comunque scritto
quindi tanto vale che non sudi
nasci da incendiario
muori da pompiere

dicono che devi
proprio farti fuori
se vuoi fare il rock in qualche modo
che ti portiamo i fiori
lì nei cimiteri mitici

sei già dentro l'happy hour
vivere vivere costa la metà
quanto costa fare finta
di essere una star?

dicono che nasci solo per soffrire
ma se soffri bene vinci il premio
di consolazione
chi non salta l'eccezione è

dicono cge i sogni - sono tutti
gratis - ma son quasi tutti quanti
usati - copriti per bene - che non
ti conviene il mondo qui

Sei già dentro l'happy hour - vivere vivere
costa la metà - quanto costa fare finta
di essere una star ? sei già dentro l'happy
hour - vivere vivere solo la metà
e la vita che non spendi che interessi avrà?

si può però morire vivendo sempre e solo
per sentito dire - si può però morire
per la fame che non hai

dicono che il cielo
ti fa stare in riga
che all'inferno si può far casino
mentre il purgatorio te lo devi proprio infliggere

Sei già dentro l'happy hour - vivere vivere costa
la metà - quanto costa fare finta di essere una star ?
sei già dentro l'happy
hour - vivere vivere solo la metà
e la vita che non spendi che interessi avrà?"




segunda-feira, 21 de agosto de 2006

só para os mais velhos



Sem alforge nem cajado, apenas com alegria no coração...

A todos desejo a paz, sou de todos um irmão!

sexta-feira, 18 de agosto de 2006

help me to remember 3rd june...


"...a bohemia, a mochila azul da sic, o saco/almofada da lg, a banca da control que este ano não deu preservativos mas sim uns lindos e estonteantes bonés, o bilhete bastante fateloso que foi comprado à joana por apenas 30€ e que veio da fnac de santa catarina, a bohemia, o bonito leque azul da allianz, a rita andrade, a fotografia da rita andrade, as belas e nada úteis bolsas ou carteiras da bp, as fotografias com as meninas da bp ultimate, as inúmeras chamadas grátis das cabines da vodafone, as fotografias das meninas da vodafone, os tara perdida, os muito maus fonzie, a betalhada ridícula que me irritou no palco hot stage e que devia morrer apedrejada, a bohemia, as cabeleiras cor de rosa do millenium bcp, a fotografia com uma sósia nada parecida com alguém que nem sei quem era mas era boa, a má disposição da menina que tirava essas fotografias,





a fita da santa casa que a marta me roubou, a máquina descartável, as fotografias parvas no chão junto à erva por motivo ainda desconhecido (ou esquecido) devido à bohemia, a fotografia com as meninas da sagres chopp, o período do qual nada me lembro onde incluo o autocarro multimédia da juventude, muitas fotografias, os casabian, os orishas, o cabrão do sapo que alguém instigou a fazer-me algo que ainda não sei muito bem enquanto eu dormia (pelo menos festas e mimos), o andarem todos à minha procura, o caixote do lixo e o senhor que o queria despejar, a bohemia, a ana, o david, a marta, o mary, a inês, os da weasel, red hot chili peppers, as asas de frango, o calor, eu a tentar furar no meio da multidão junto às grades e a gramar com da weasel, os vários copos de água que os seguranças me deram, as chamadas e as mensagens que mandei sem saber para quem ou porquê, o pó, as pessoas que cheiravam mal, a bohemia, o palco mundo melhorado, os foo fighters que tiveram no hot stage, o ir a pé da bela vista até à gare do oriente, o já habitual cadima, o gajo que passava sinais vermelhos na morais soares, chegar a casa às 6h30, e tu..."


quinta-feira, 10 de agosto de 2006

além do norte de Portugal a terra chora e sofre...


Iniciamos o percuso Português que conduz a Compostela no dia 29 de Junho, uma repetição da experiência Jacobiana de 2004, com o acrescento dos 100 quilómetros que conduziriam a Finisterra e ao término da nossa aventura. Para quem já tinha feito o caminho, os primeiros dias foram uma constante repetição, pois choveu onde havia chovido, recebeu-se más noticias estas haviam chegado, sofreu-se onde já se havia sofrido, e houve jubilo e alegria onde esta já havia estado. Tudo muito igual, tudo muito parecido, até chegar-mos a 10km de Santiago de Compostela, onde pernoitamos no albergue que existe na localidade de Teo. Por volta das duas da tarde uma novidade anunciava-se no céu: negro e branco, maciço e imponente, assustador e mesmerizante, uma coluna de fumo prenunciava a destruição. Curiosidade, medo e apreensão...



Pouco depois outra coluna gémea se elevou... E não muito tempo passou sem que, ao longe, uma terceira massa de gases de combustão pintasse o céu. Três incêncios!!! No dia seguinte, pouco antes de chegar a Compostela encontramos as fumarolas, o mato e árvores mortas, o solo calcinado. Choramos pela terra queimada, mas sentimos alivio por julgarmos terminado o inferno. Ilusão, ingenuidade, ignorância. Dezenas de focos de incêndio devoravam a Galiza, e nessa tarde as chamas tentaram mesmo engolir a sua capital espiritual.



Durante os dias seguintes, quando caminhavamos o fumo acompanhava-nos, e o fogo apresentava-se sempre no horizonte, com mais ou menos distância, dependendo da nossa velocidade de caminhada, da direcção em que nós viravamos o olhar ou simplesmente do lado da colina em que nos encontrassemos.



Incansáveis lutaram os bombeiros, protecção civil, cidadão comum, em desespero e até à exaustão, numa luta desigual contra uma fome obscura que consome fauna, flora, esperanças, concretizações, sonhos e memórias agradáveis. Tudo cede e arde, no calor tudo se retorce e fica reduzido à negritude. A cicatriz fica gravada. As chagas da terra que voltarão a ser coberta pelo verde, mas nos corações e nos registos a devastação ficará recordada. Novamente um Prestige assolou a nossa bela península...

quarta-feira, 9 de agosto de 2006

atenção aos bolsos pequenos!

i'm on you back :)



Tonight I'm tangled in my blanket of clouds
Dreaming aloud
Things just won't do without you, matter of fact
I'm on your back...




sexta-feira, 21 de julho de 2006

when doves cry




Dig if u will the picture
Of u and I engaged in a kiss
The sweat of your body covers me
Can u my darling can u picture this?

Dream if u can a courtyard
An ocean of violets in bloom
Animals strike curious poses
They feel the heat
The heat between me and u

How can you just leave me standing?
Alone in a world that's so cold
Maybe I'm just 2 demanding
Maybe I'm just like my father 2 bold
Maybe you're just like my mother
She's never satisfied
Why do we scream at each other
This is what it sounds like when doves cry.

Touch if you will my stomach
Feel how it trembles inside
You've got the butterflies all tied up
Don't make me chase u
Even doves have pride

How can u just leave me standing?
Alone in a world so cold, world so cold
Maybe I'm just 2 demanding
Maybe I'm just like my father 2 bold
Maybe you're just like my mother
She's never satisfied
Why do we scream at each other
This is what it sounds like when doves cry.

quinta-feira, 20 de julho de 2006

sem título

vai la para cama
tu queres
eu sei
e precisas porque estás cansada
eu agora queria era fazer amor contigo
mas sem pressas
sem os stresses de que chega alguém
queria ouvir-te
a ter prazer
sem me preocupar comigo e com os outros que estão para chegar
oh
queria que ficasses feliz
era o que eu queria

:D

quarta-feira, 19 de julho de 2006

para alguém

aos anónimos de merda,
deixem-se de tretas e se não querem ver aqui os vossos nomes, limitem-se a não comentar nada sequer porque nada do que dizem interessa, pelo menos alguns...
incomoda ver pessoas comentar aqui que não dizem o seu nome, por isso não percam tempo sequer.
obrigado

domingo, 16 de julho de 2006

só porque sim...


this is the way i feel this day, because i don't want this to end...
i want more...

quarta-feira, 28 de junho de 2006



Segue-me, vem comigo, faz-me a tua marca.
A estória que só termina no segundo conto,
o primeiro perdes-te ao ingressar na barca.

segunda-feira, 26 de junho de 2006

hurt

I hurt myself today
To see if I still feel
I focus on the pain
The only thing that's real
The needle tears a hole
The old familiar sting
Try to kill it all away
But I remember everything

What have I become?
My sweetest friend
Everyone I know
Goes away in the end
You could have it all
My empire of dirt
I will let you down
I will make you hurt

I wear this crown of shit
Upon my liar's chair
Full of broken thoughts
I cannot repair
Beneath the stains of time
The feelings disappear
You are someone else
I am still right here

What have I become?
My sweetest friend
Everyone I know
Goes away in the end

You could have it all
My empire of dirt
I will let you down
I will make you hurt
If I could start again
A million miles away
I would keep myself
I would find a way

nine inch nails


:'(

vamos ver este filme?

domingo, 18 de junho de 2006

a caminho do 10.000

pois


porque há dias assim.
em que tudo nos corre bem.
apareces como uma salvação, quando tudo parecia escuro e triste, sombrio.
trouxeste brincadeira, sorrisos de criança, alegria e muito prazer. novidades e uma estranha liberdade.
era tudo cor de rosa e bonito... e acabou!
trouxeste o meu maior pesadelo sem saberes como, agora fico com isto até ao fim dos meus dias.
a vingança serve-se fria.
podes esperar... eu sou paciente e frio e resisto a tudo.
porque foi assim, porque tudo foi teu, porque tudo foi para ti, porque tudo deitaste fora...
porque tu és assim... como a fotografia.

pois... obrigado.

ao longe

alguem se encontrava ao meu lado olhando o mar observando as ondas e a espuma e a areia e os corpos e as rochas que continham a baia, porque eu não via nada, de olhar perdido no horizonte, abstraido, esquecido, ignorante de que aquela constituia a minha realidade, e não a concretização do desejo quimérico de estar contigo, mergulhado nos meus braços, e beijando-te de olhos abertos entrar numa praia com um mar imenso belo e cinzento onde me afogaria.

quinta-feira, 15 de junho de 2006

viver...

Simples, fragil, e bela. Sem asas porque não precisas de voar, resignas-te pacientemente ao teu habitat, de uma brancura inóspita a que todos os outros predadores estão vedados, porque aqui a caça grossa não é permitida. Mas tu sobrevives, e conjuntamente com a tua alma gémea e única companhia, demonstras existir tanto vida como morte onde a assépsia supostamente eliminaria todos os seus vestigios e formas de ambas.

....e perder


Porque me entristeces tanto alegre e festivo bando na minha rua passando a cantar não sei que canto. Levas balões e pareces ir a compasso animado, se é tão ditoso o teu fado porque tanto me entristeces? Vens de longinquas vielas, eu não oiço o que tu dizes, mas sei que por ti, felizes, se abriram muitas janelas. A minha que aberta estava corri ansioso a fecha-la, pois se ouvisse a tua fala não me continha e chorava. Encosto a fronte à vidraça, e sofro como num castigo.... Leve a morte consigo, tudo que é feliz, e passe...

quarta-feira, 14 de junho de 2006

green, gray & blue


Quando o céu está azul, eu penso em ti. Quando fica cinzento, eu penso em ti. Se olho para o mar alto, e ele reflete o céu, és tu quem recordo. Se reparo em barcos pescando na segurança do mar verde, é a tua imagem que me envolve.


I just can't get you off my mind

outras cores de porto covo...

apontando para as flores brancas e descoloridas tentei convence-lo a tirar uma fotografia. "sabes o que é isto? é uma espécie de planta em vias de extinção", "ai é? não parece, há por aqui tantas" "Mas é,. Neste momento estás a olhar para uma espécie em vias de extinção. Devias fotografá-la", "Na verdade estou a olhar para mais que uma... E não vou tirar a máquina"

pouco depois... "olha, parece uma cara", "o quê?", "ali", "onde", "ali", "o que há ali", "uma cara", "não vejo nada", "está ali umas rochas que parecem uma cara", "aonde?", "Ali, à frente", "ah, já vi (na verdade não via nada)", "vou tirar uma fotografia", "sim, para depois não a perderes (na verdade eu queria era ver a cara que não conseguia vislumbrar por muito que olhasse)", "não perco nada, ela está ali", "pois está, mas tira, tira...", "pera... já está..."



Por mim a pobre estátua natural podia continuar a passar sede, sem que eu nela reparasse...

terça-feira, 13 de junho de 2006

melancolias

Lá em cima há planicies sem fim. Há estrelas que parecem correr. Há o sol dia a dia a nascer, e nós aqui sem parar, numa terra a girar. Lá em cima há um ceu de cetim, há cometas, há planetas sem fim. Galileu teve um sonho assim... Há uma nave no espaço, a subir passo a passo. Lá e, cima pode ser o futuro. Alegria, vamos saltar o muro. E a rir, unidos num abraço vamos contar uma estória, "Era uma vez o espaço..."

Lá em cima já não há sentinelas. Sinfonia toda feita de estrelas, uma casa sem porta nem janelas. É estenderes o braço, e tu tens o espaço.

(Era uma vez o espaço...)



"Vá lá, são sete e meia amor, e tens qu'ir trabalhar", acordas-me com um beijo, e um sorriso no olhar; e levantas-me da cama, depois tiras-me o pijama, faço a barba e dá na rádio o Zé Cid a cantar. Apanho um autocarro, e vou a pensar em ti, que levas os miudos ao jardim infantil. Chego à repartição, dou um beijo no escrivão e nem toco a secretária, que é tão bouaah. E às cinco e meia em ponto telefonas-me a dizer "não sei viver sem ti, amor, não sei o que fazer!", "Faz-me favas com chouriço, o meu prato favorito!", quando chego para jantar quase nem acredito... Vestiste-te de branco, uma flor nos cabelos, os miudos na cama e acendeste a fogueira. Vou ficar a vida inteira a viver dessa maneira, eu e tu, e tu e eu e tu e eu e tu.

A pouco e pouco se constroi um grande amor, de coisas tão pequenas e banais: basta um sorriso, um simples olhar, um modo de amar a dois.

(josé cid, A Pouco e Pouco)

quinta-feira, 8 de junho de 2006

Jesus don't want me for a sunbeam

Se eu tivesse o sol nas minhas mãos, seria eu o mundo de outro ser?
Se exalasse o calor da vida, estaria o teu amor pronto a receber o meu amor?
E se a minha mão se fechar sentirás o frio que cobrirá a Terra?



Jesus don't want me for a sunbeam
'cus Sunbeams are never made like me
Don't expect me to cry
For all the reasons you have to die
Don't ever ask your love from me
Don't expect me to cry
Don't expect me to lie
Don't expect me to die for thee

terça-feira, 6 de junho de 2006

love is a verb... mj



Ever since i saw you...
Quero agarrar-te
Como se fosses a única.
Cantaria esta canção para ti
Se isso só bastasse para te ver sorrir
Todos os dias..
Quem és tu?
Por mais quanto tempo?
Quão forte ainda terei de ser?
Como significas tanto para mim?
Por mais quanto tempo?

Eu amo-te... mas temo-te

Por mais quanto tempo?



I can picture you knocking on my door
Getting naked in the hallway
But hey, dressed would be as good
We're like the fish in the sea
We're like the birds and the trees
Don't want to lead
Don't want to follow
I want to love, love, love, love you tonight


I wonder
You wonder
If you know this song
You wonder
I wonder
If I’m able to sing it alone
Simple things are so true
And I love you
If we can do it,
Why can’t we just stay true?
When you’re down,
You can sing it with me
When you cry,
Why don’t you give it a try?
When you’re down,
Try any song
Nothing’s right,
Nothing’s wrong
I whisper
You whisper
What does this confusion lead?
I wonder
And you say
This is more simple that it seems

Simple things are easier to see
And you love me
If we can do it,
Why can’t we just be?
When you’re down,
You can sing it with me
When you cry,
Why don’t you give it a try?
When you’re down,

Try any song
Nothing’s right,
Nothing’s wrong
I wonder
You wonder
If simple things are true
You wonder
And I wonder
If you ask me,
I do



Fui ensinado a não mentir
Fui um escuteiro cheio de orgulho
Mas não posso partilhar o que sinto agora
E tu odeias-me
Mas são as mentiras que te mantém por perto
Não sou perfeito, sou apenas uma farsa
Mas mesmo assim pedes por mais do que eu posso dar
E isso apenas põe-me fora de mim.
Então dizes para largar a minha capa e ser eu próprio
Estás farta das minhas defesas
Razões estúpidas
Enganando a ti e aos teus sentidos
Mas eu estou protegendo-te de todo este inferno
Não sou perfeito, sou apenas uma farsa
Pára de mentir, pára de fingir
Tu és nada és apenas um desperdício de tempo
Por nove meses estive grávido de mentiras
E brevemente ela estará a gritar os gritos,
Gritando
Eu tenho tentado escondê-los de ti...





This heart ain't made of gold
It has no self control
Your love will get me through
I'll give myself to you
I'll give my soul to you...



* * *


terça-feira, 30 de maio de 2006

Ride on....

Procuro uma forma de integrar o rebanho, de simplificar o meu caminho e as opções que tenho de fazer. Aproximo-me mas, como um só, teimam em manter um rumo para onde não quero ir. Dou-lhes distância, pois não consigo me aproximar...





It's another lonely evenin',
In another lonely town
But I ain't too young to worry,
Nah I ain't too old to cry,
When a woman gets me down
Got another empty bottle,
Mmmm n' another empty bed
Ain't too young to admit it,
Nah I'm not too old to lie,
I'm just another empty head
Mmmm that's why I'm loney... I'm so lonely
But I know what I'm gonna do-


I'm gonna ride on, ride on...
(Ride on) Standin' on the edge of the road...
(Ride on) Thumb in the air...
(Ride on) One of these days...
(Ride on) I'm gonna change my evil ways, huh...
Till then, I'll just keep - ridin' on...


Broke another promise,
N' I broke another heart
But I ain't too young to realize,
That I ain't too old to try,
Try to get back to the start
And it's another red light nightmare,
On another red light street
And I ain't too old to hurry,
'Cause I ain't too old to die,
But I sure am hard to beat
But I'm lonely... Lord, I'm lonely...
What am I gonna do?


(Ride on, ride on)
Got myself a one-way ticket...
(Ride on, ride on)
Goin' the wrong way...
(Ride on) Gonna change my evil ways...
(Ride on) One of the days...
One of these days...

segunda-feira, 29 de maio de 2006

we're in the middle of nowhere...



"porque és o único que me põe com cara de parva
porque quando me dás um abraço fico feliz
porque sinto a tua falta quando não estou contigo
porque tens prazer em estragar as minhas piadas
porque és o único que me faz sentir desejada
porque tens sardas
porque tens uns olhos lindos
porque tens medo de alturas e porque dizes minuins..."


quinta-feira, 25 de maio de 2006

leitão autorizado

One last thing before I quit I never wanted any more than I could fit Into my head I still remember every single word You said and all the shit that somehow came along with it Still there's one thing that comforts me since I was Always caged and now I'm free

quarta-feira, 24 de maio de 2006

o que? e nao levou o seu irmao??

avó:- Pois, vê lá se não és como o teu avô. Sempre bebado, sempre bebado...

neto:- Sim. Mas pelo que sei, quando os homens estavam todos a beber, a avó ia lá para o meio e bebia canecas de cerveja cheia de vinho tinto. E os homens ficavam bebados, e a avó aguentava-se à jarda. Mas a verdade é que também gostava bastante da bebida!

avó:- Ó netinho, mas tu sabes como são as coisas... Se tu vires um amigo teu a afogar-se no mar, não te jogas também à água?



segunda-feira, 22 de maio de 2006

jurema 3345...

viva las pulgas!


esse belo animal de 6 minúsculas patas que nos anima naqueles belos dias de calor na trafaria, na mansão Melo (com um L), que nos sugam o sangue e oferecem aquele encantador entertenimento que é raspar com as nossas unhas no nosso corpo, espécie que dá que fazer aos nossos animais, principalmente aos milhares de gatos bébés da trafaria.
escrevi-te um texto jurema, para mostrar a minha gratidão e satisfação por te ter conhecido e por agora fazeres parte das minhas recordações, das nossas.

"tu que fervilhas aos milhares como pipocas fechadas num saco de plástico transparente cheio de roupa branca,
és difícil de matar,
só perdes no unha-contra-unha (técnica para tirar a vida),
pequenina e reconfortante
engraçada e terna,
és tu,

fazes-me sonhar com o teu crepitar no saco,
junto com as tuas milhares irmãs,
deito-me a pensar no teu ataque carinhoso a meio da noite,
fico com calor de pensar em ti
e me escondo no escuro imaginando a tua cara,
microscópica e saltitante
perturbadora e estranha...

oh pulga
és tu!"

sexta-feira, 19 de maio de 2006

have it all... (bah)

you know in all the time(s) that we shared
i've never been so scared
doll me up in my bad luck...





i'll meet you there!



porque há pessoas que merecem e nunca nos deixam agarrados, viva as vacas da parada e as ovelhas,
parabéns o/


(bah)

quinta-feira, 18 de maio de 2006

ajuda precisa-se!

esta fotografia está a concurso no site festimage , nao custa nada, é só registarem-se e habilitam-se a ganhar um jantar oferecido por mim caso eu fique nos 5 primeiros, mediante apresentação de 1 print screen do voto. a votação acaba dia 31 de maio.
não sei o número da página pois ela muda todos os dias. utilizem o internet explorer porque o firefox tem dado erros.
hoje estava na página 27.
obrigado

quarta-feira, 17 de maio de 2006

I wouldn't change a thing now that you're here...


sr. cardoso,
não concordo consigo quando diz que já ninguém o faz de verdade, que já ninguém quer viver assim, que já ninguém o faz sem ser por uma razão específica. pois eu acho que todos os que o fazem (e ainda somos muitos), é pela mesma razão, a mesma que ainda nos faz pensar nisso e acreditar que ainda é possivel fazê-lo, porque é bom, porque sabe bem e porque é bom fazer alguém sentir-se bem com o que sentimos.

não é prático, não dá jeito e muitas vezes não faz sentido. levamos pontapés e outras coisas que fazem doer. não é útil.
sem discussões não tem piada e se não morarmos perto, menos piada tem ainda.
não sai nada barato, almoços, jantares e outras surpresas românticas em sitios menos baratos. as coisas da casa dividem-se, roupa, casa, cozinha.

não se combina, acontece.
talvez o senhor devesse olhar com mais atenção ao que acontece com as outras pessoas, não todas, mas muitas.
talvez se apercebesse que muitos de nós não somos brutos e todos nos apaixonamos, gritamos, andamos à facada, oferecemos flores e somos muito malucos.

é verdade que não é para perceber, porque se fosse percebido não se sentia.






"Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também."

amo-te




terça-feira, 16 de maio de 2006

viaja comigo

Descobre um mundo que eu descobri. Um mundo além deste mundo, uma paraiso onde os sonhos se concretizam, um lugar onde, juntos, seremos felizes.

Procuro nos teus olhos um sim para os meus apelos, mas encontro o receio de não te amar. Mas amo-te, desejo-te, penso em ti, toda a minha essência vibra em ressonância contigo, apenas tu não o percebes.

Esperas um sinal para poderes avançar, ou um adeus para seres livre deste calor que recusas receber?


domingo, 14 de maio de 2006

14 de maio de 2006

(ouvir moby - porcelain)


porque se num dia acordamos estupidamente felizes por uma companhia e gelado, o dia seguinte torna-se num pesadelo.
recordações péssimas de 3 dias absolutamente irreais. dor. lágrimas. choro compulsivo.
caras tristes que esboçam leves sorrisos esforçados. comida que não disfarça a dor.
inocentemente alguém diz "o avô morreu e já tá no céu"... que pesadelo é este que eu quero que acabe depressa?
porque raio hei-de eu aguentar com situações que não fazem qualquer sentido?
como é possivel que 1 simples dia de 24h se torne 1 dos mais dificeis de passar?
não me lembro de passar 1 dia tão mau como este, sem contar com janeiro 2006.
vai ser dificil (mesmo impossivel) esquecer o dia 14 de maio de 1947.
ir a casa custa. tudo custa. ver a placa à entrada da cidade... ver o bairro... subir a escada e entrar em casa... estar na sala, na cozinha, na casa de banho ou no quarto... cruzar-me com as pessoas que diziam "boa tarde sr. carlos"... "olha o filho do fernandes do banco"... o tomás... as fotografias espalhadas pela casa... as revistas do circulo de leitores e o tal & qual... o totoloto e recentemente o euromilhões... os sacos de moedas... o último maço de tabaco que ainda tem uns cigarros que guardo melhor que a minha vida... o bar da sala... os amendoins... o lugar em frente à televisão... o cheiro pela casa... a lareira... as discussões por causa da janela da varanda... aquele lugar à mesa... o malão que funcionava de secretária... a mania de poupar o dinheiro que me pegaste... os carros... aquilo que me dizias sempre que eu chegava a casa... as vezes que fui de carro para a secundária... os 6 meses em que me levaste à azambuja às 6h da manhã... jogar às cartas e às espadas... as idas ao circo... tudo!
alguém consegue imaginar o meu estado neste momento?
exterior, olhos vermelhos, cara molhada e desfigurada, queixo a pingar... e o interior?
indescritivel...
"tenta respirar fundo", disseram-me esta semana. resulta, mas apenas adia a explosão que se acumula aqui...
isto dói tanto...

"então como tens passado?"
"que é isso que tás a fumar?"