porque se num dia acordamos estupidamente felizes por uma companhia e gelado, o dia seguinte torna-se num pesadelo.
recordações péssimas de 3 dias absolutamente irreais. dor. lágrimas. choro compulsivo.
caras tristes que esboçam leves sorrisos esforçados. comida que não disfarça a dor.
inocentemente alguém diz "o avô morreu e já tá no céu"... que pesadelo é este que eu quero que acabe depressa?
porque raio hei-de eu aguentar com situações que não fazem qualquer sentido?
como é possivel que 1 simples dia de 24h se torne 1 dos mais dificeis de passar?
não me lembro de passar 1 dia tão mau como este, sem contar com janeiro 2006.
vai ser dificil (mesmo impossivel) esquecer o dia 14 de maio de 1947.
ir a casa custa. tudo custa. ver a placa à entrada da cidade... ver o bairro... subir a escada e entrar em casa... estar na sala, na cozinha, na casa de banho ou no quarto... cruzar-me com as pessoas que diziam "boa tarde sr. carlos"... "olha o filho do fernandes do banco"... o tomás... as fotografias espalhadas pela casa... as revistas do circulo de leitores e o tal & qual... o totoloto e recentemente o euromilhões... os sacos de moedas... o último maço de tabaco que ainda tem uns cigarros que guardo melhor que a minha vida... o bar da sala... os amendoins... o lugar em frente à televisão... o cheiro pela casa... a lareira... as discussões por causa da janela da varanda... aquele lugar à mesa... o malão que funcionava de secretária... a mania de poupar o dinheiro que me pegaste... os carros... aquilo que me dizias sempre que eu chegava a casa... as vezes que fui de carro para a secundária... os 6 meses em que me levaste à azambuja às 6h da manhã... jogar às cartas e às espadas... as idas ao circo... tudo!
alguém consegue imaginar o meu estado neste momento?
exterior, olhos vermelhos, cara molhada e desfigurada, queixo a pingar... e o interior?
indescritivel...
"tenta respirar fundo", disseram-me esta semana. resulta, mas apenas adia a explosão que se acumula aqui...
isto dói tanto...
recordações péssimas de 3 dias absolutamente irreais. dor. lágrimas. choro compulsivo.
caras tristes que esboçam leves sorrisos esforçados. comida que não disfarça a dor.
inocentemente alguém diz "o avô morreu e já tá no céu"... que pesadelo é este que eu quero que acabe depressa?
porque raio hei-de eu aguentar com situações que não fazem qualquer sentido?
como é possivel que 1 simples dia de 24h se torne 1 dos mais dificeis de passar?
não me lembro de passar 1 dia tão mau como este, sem contar com janeiro 2006.
vai ser dificil (mesmo impossivel) esquecer o dia 14 de maio de 1947.
ir a casa custa. tudo custa. ver a placa à entrada da cidade... ver o bairro... subir a escada e entrar em casa... estar na sala, na cozinha, na casa de banho ou no quarto... cruzar-me com as pessoas que diziam "boa tarde sr. carlos"... "olha o filho do fernandes do banco"... o tomás... as fotografias espalhadas pela casa... as revistas do circulo de leitores e o tal & qual... o totoloto e recentemente o euromilhões... os sacos de moedas... o último maço de tabaco que ainda tem uns cigarros que guardo melhor que a minha vida... o bar da sala... os amendoins... o lugar em frente à televisão... o cheiro pela casa... a lareira... as discussões por causa da janela da varanda... aquele lugar à mesa... o malão que funcionava de secretária... a mania de poupar o dinheiro que me pegaste... os carros... aquilo que me dizias sempre que eu chegava a casa... as vezes que fui de carro para a secundária... os 6 meses em que me levaste à azambuja às 6h da manhã... jogar às cartas e às espadas... as idas ao circo... tudo!
alguém consegue imaginar o meu estado neste momento?
exterior, olhos vermelhos, cara molhada e desfigurada, queixo a pingar... e o interior?
indescritivel...
"tenta respirar fundo", disseram-me esta semana. resulta, mas apenas adia a explosão que se acumula aqui...
isto dói tanto...
"então como tens passado?"
"que é isso que tás a fumar?"

5 comentários:
[[]]
***
:'(
Imagina eu...
pah... mas o k era isso k tavas a fumar?
(})
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